26.9.09

Não se escapa da mediocridade apenas com asas

"A lua silenciosa passa ignorando os latidos;
Assim os homens probos, calmos e honrados
sorriem dos insultos e das línguas hipócritas."

("Um Cão que Ladra à Lua" - Georg Stiernhielm)

24.9.09

hoje eu só quero que o dia termine bem...

Minha passagem esta comprada, preciso de um tempo de Caxias e suas maldades.
Hoje eu só quero que o dia termine.

22.9.09

Primavera!!!


"...aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira..."
(Cecília Meireles)

"...há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar..."
(Florbela Espanca)

19.9.09

*"Quem diria que viver ia dar nisso?"

O frio disse que vai ficar por mais um tempo,
eu insisto que ele vá,
me faltam cobertores para vence-lo.
Me flagrei julgando a opinião alheia e agora questiono a amizade.
Só desejo paz, e me afasto de tudo que não é inteiro,
não faço parte da sociedade adepta aos "recicláveis".
Acho no mínimo engraçado (digno de pena), os personagens que algumas pessoas tem que criar para "conseguir ser alguém".



*"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo"

*(Caio F.)

16.9.09

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse.
Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não.
Talvez algum partisse, outro ficasse.
Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego.
Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe.
Talvez tudo, talvez nada"

(Caio F.)

13.9.09

...mas é claro que o sol vai voltar amanhã...

A distância é enorme, mas não temos pressa, obrigado por me fazer ver que não importa quanto chova, um dia a trégua chega.
Mente livre e corpo curado.
Estamos em constante estado de evolução, todo dia tudo muda, esse é meu encanto.
Sim, eu vim ao mundo a passeio, apenas pela diversão, pelo conhecimento, pela paixão, amizade e gentilezas, eu vim para viver.

8.9.09

Medo de se apaixonar

“ Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.”

(Fabrício Carpinejar)

3.9.09

No meu lugar!


São Paulo me encanta, a cidade do caos onde tudo é mágico e possível.
Um encontro de produtores culturais, a certeza de que trabalho com pessoas maravilhosas e inspiradoras.
Sou abençoada, ao meu redor existe uma amizade e cooperação, que não precisa do contato do dia-a-dia para ser real.
Me convenceram de que o amor existe, e que seria bom para comigo se eu voltasse a acreditar.

É notável mudanças em mim, não a quase nada que São Paulo não possa lhe permitir.