15.12.09

"Tive vontade de sentar na calçada da Rua Augusta e chorar,
mas preferi entrar numa livraria,
comprar um caderno lindo e anotar sonhos."

(Caio F.)

3.12.09

“Entramos no mundo sozinhos e saímos dele sozinhos.
E tudo que acontece entre isso?
Devemos a nós mesmos encontrar uma companhia.
Precisamos de ajuda.
Precisamos de apoio.
Caso contrário, estamos nessa sozinhos.
Estranhos.
Desligados um dos outros.
E nós nos esquecemos o quanto conectados estamos.
Então, ao invés disso, escolhemos o amor.
Escolhemos a vida.
E por um momento nos sentimos um pouco menos sozinhos”

(5.10 – All by Myself)

21.11.09

"Não sei, deixo rolar.
Vou olhar os caminhos,
o que tiver mais coração,
eu sigo."

(Caio F.)

14.10.09

Na cidade de São Paulo...

Passei por um tempo em que me faltava inspiração e tempo para escrever por aqui. Demorei a entender que a criação e o momento só dependem de mim.
Foi um feriado encantador, desses que só a primavera é capaz de proporcionar. A família unida me fez querer voltar à infância. Fascina-me este tipo de nostalgia.
Aeroportos me despertam saudade ao mesmo tempo em que me inspiram esperança. Também são ótimos lugares para chorar, sangrar água diminui a dor.
São mais de 1.200km de distância, não sei quando nos veremos novamente, espero que o mais breve possível, “ele me faz tão bem que eu também quero fazer isso por ele”. Meu sorriso é pra você, não de você, é minha maneira de tentar eternizar e registrar certos momentos.
Não é necessário dar sentido as coisas, apenas atenção.

4.10.09

"Saudade"

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes
sem que sinto este aperto no peito,meio nostálgico,
meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal
vital quando se quer falar de vida e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito que tivemos e lamentamos as
coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...

(Clarisse Lispector)

26.9.09

Não se escapa da mediocridade apenas com asas

"A lua silenciosa passa ignorando os latidos;
Assim os homens probos, calmos e honrados
sorriem dos insultos e das línguas hipócritas."

("Um Cão que Ladra à Lua" - Georg Stiernhielm)

24.9.09

hoje eu só quero que o dia termine bem...

Minha passagem esta comprada, preciso de um tempo de Caxias e suas maldades.
Hoje eu só quero que o dia termine.

22.9.09

Primavera!!!


"...aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira..."
(Cecília Meireles)

"...há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar..."
(Florbela Espanca)

19.9.09

*"Quem diria que viver ia dar nisso?"

O frio disse que vai ficar por mais um tempo,
eu insisto que ele vá,
me faltam cobertores para vence-lo.
Me flagrei julgando a opinião alheia e agora questiono a amizade.
Só desejo paz, e me afasto de tudo que não é inteiro,
não faço parte da sociedade adepta aos "recicláveis".
Acho no mínimo engraçado (digno de pena), os personagens que algumas pessoas tem que criar para "conseguir ser alguém".



*"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo"

*(Caio F.)

16.9.09

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse.
Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não.
Talvez algum partisse, outro ficasse.
Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego.
Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe.
Talvez tudo, talvez nada"

(Caio F.)

13.9.09

...mas é claro que o sol vai voltar amanhã...

A distância é enorme, mas não temos pressa, obrigado por me fazer ver que não importa quanto chova, um dia a trégua chega.
Mente livre e corpo curado.
Estamos em constante estado de evolução, todo dia tudo muda, esse é meu encanto.
Sim, eu vim ao mundo a passeio, apenas pela diversão, pelo conhecimento, pela paixão, amizade e gentilezas, eu vim para viver.

8.9.09

Medo de se apaixonar

“ Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.”

(Fabrício Carpinejar)

3.9.09

No meu lugar!


São Paulo me encanta, a cidade do caos onde tudo é mágico e possível.
Um encontro de produtores culturais, a certeza de que trabalho com pessoas maravilhosas e inspiradoras.
Sou abençoada, ao meu redor existe uma amizade e cooperação, que não precisa do contato do dia-a-dia para ser real.
Me convenceram de que o amor existe, e que seria bom para comigo se eu voltasse a acreditar.

É notável mudanças em mim, não a quase nada que São Paulo não possa lhe permitir.

24.8.09

E por enquanto ta tudo cinza,
mas a neblina e a chuva deram uma trégua...
E por dentro, a construção continua,
do outro lado quase da pra notar...
A lua me predoou por duvidar dela
um novo livro ainda vai se abrir.

6.8.09

Do lado esquerdo do peito.

Tenho dois fiéis escudeiros.
Eles acham que eu também sou menino.
Eles conseguem de mim meu sorriso e minha opinião mais sincera.
Temos assuntos absurdos.
Um é meu “cobertor”, que me ensinou técnicas de defesa pessoal (grosserias gratuitas), já me jogou muitos baldes de verdades e me cobriu com doces mentirinhas, só porque era muito necessário. Ele tem aquele jeito meio grosseirão, mas basta olhar em seus olhos para encontrar conforto.
O outro, é a infância, a inocência e o carinho todos juntos. Uma pessoa encantadora, que não se importa com a opinião alheia, canta, dança, balança a cabeça e liga o “foda-se” para quem estiver julgando.
Gostamos de gnomos, queremos pintá-los nas paredes do banheiro.
Eles não acreditam na “lua de São Jorge”, mas eu não acredito na "canalhice"deles.
Eles fazem meus dias mais coloridos e cheios de esperança.
Amizade!!

3.8.09

"Roll the dice"

Minha paixão por Bukowski é descarada e desmedida, sou suspeita ao falar deste que ao meu ver nunca deixou de encarar o mundo como um jovem, com sonhos, ideais, descaso, sofrimento, tentativas e muitos erros.
Tive vontade de postar meu "mantra", minha "oração", ou o nome que vocês preferirem, este poema é o que me "alimenta" e me empurra pra frente.


Jogue os dados

Se você vai tentar, vá com tudo
Senão nem comece.

Se você vai tentar, vá com tudo.
Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes, empregos e talvez sua mente.

Siga por todo o caminho.
Pode significar não se alimentar por 3 ou 4 dias.
Pode significar congelar em um banco de praça.
Pode significar cadeia, pode significar menosprezo, humilhações, solidão.

Solidão é um presente, todos os outros são um
teste de sua resistência, de quanto você realmente quer fazer isso.
E você vai fazerApesar da rejeição e das piores desigualdades.

E isso será melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar.
Se você vai tentar, vá com tudo.

Não há outro sentimento como esse.
Você ficará sozinho com os deuses e as noites queimarão como fogo.

Faça, faça, faça, faça.
Vá com tudo, por todo o caminho.
Você cavalgará a vida até a perfeita gargalhada,
essa é a única boa luta que existe.

(Charles Bukowski )

27.7.09

pensamentos soltos...

"Passei a vida tentando me explicar, quando
o que mais desejo é viver sem explicação.”

9.7.09

Desistir

"...quando descubro que o dente é uma dor de osso, não uma dor da pele, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que o filho não escuta, finge e faz o contrário do que se pedia, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que alguém tão próximo morreu e não falei nada, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que a realidade não é a mesma coisa que a vida e uma pode faltar e outra sobrar, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que o amor parou enquanto eu andava, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que tenho saudades mais do que não aconteceu do que aquilo que aconteceu, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que estou dispensado do emprego que julgava estável e definitivo, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que as tarefas, os compromissos, as reuniões me mantinham entretido porque não sei o que fazer sozinho, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que fiquei fora e não tive vida dentro, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que afastei todos que chegaram perto de meus segredos, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que sou o único da sala, de um tempo, de uma lista, a não ser convidado para a festa, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que os amigos trocaram de telefone há décadas e não sei para onde ir, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que deixei de puxar conversa e me alegrar longe do final de semana, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que meus pais não me amavam como queria e só amavam como podiam, que minha infância foi inventada para não sofrer com a verdade, que fui um filho do acidente, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que falam em minhas costas, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que não posso perdoar o que desconheço, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que saber demais é saber menos, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que perdi minhas pernas, um braço, que perdi a visão ou a audição, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que não sou igual nem aos outros muito menos ao que acreditei ser, penso que não vou sobreviver. Quando descubro que não acompanho meu raciocínio, que envelheci e não faço tudo sozinho, penso que não vou sobreviver. Mas a esperança é sempre mais teimosa do que eu. E justamente no final da desistência, um sol estranho, um cumprimento sem endereço, uma laranja úmida, uma foto desatenta, acredito que não é tarde e recomeço sem memória. Durmo e penso que foi um pesadelo, que exagerei, enlouqueci, que não tenho roupa para a tristeza, que fui duro e confundi a tolerância com a paciência. Saio debaixo do meu corpo. Tomo um banho mais longo na respiração. Provo o pão e o mel é sábio. Solto uma risada sem propósito, fico leve e caminho em telhas. Abro bem os olhos de cada palavra. Um dia antes de morrer, uma hora antes de morrer, alguns minutos antes de morrer e ainda não será tarde. E sobrevivo apesar de mim, depois de mim, antes de mim, em mim."
(Fabrício Carpinejar)

6.7.09

Enquanto o caos segue em frente com toda a calma do mundo...

Agora platinada e repaginando, a ordem é mudança...
percebo a cada dia que gosto muito do que sou, e dos valores que criei ao longo dos anos, eles (os valores) são reflexos precisos do que fui, do que chorei, dei risada, me arrisquei, aprendi...

Estudar, não importa o quê, posto que é conhecimento, sempre foi meu refúgio para a angústia, e desta vez não vai ser diferente.

Percebi que por hora só quero por perto pessoas que tenham algo a acrescentar e que realmente gostem de mim.


"Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como eu sei que tens também"
(ANDREA DORIA - LEGIÃO URBANA)

Why isn’t love enough?



I know who you are. I love you. I love everything about you that hurts.

18.6.09

O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


Mário Quintana

9.6.09

saudades.....

Eu quero bolinhas de sabão, festa do pijama, dormir na sala,
cantar na frente do espelho, arco-íris, castelos de areia,
pastelinas, guerra de travesseiros, sorvete de chocolate,
quero tomar banho de chuva e esperar o sol nascer,
quero encontrar o que todo mundo diz que esta guardado,
queria fazer parte dos personagens do Peter Pan (mentira, queria mesmo ser o Peter Pan) .... Aprendi a sorrir sem medo, aprendi que a amizade não precisa da rotina para se manter, que a distância só aquece nossos sonhos.....

28.5.09

Luz no contemporâneo!

As atividades no Café Filosófico voltaram hoje. Tive a certeza que apesar das correrias, do trabalho pesado, das horas não dormidas e por ai vai.... tudo que eu faço vale a pena...
Além de trabalhar com o que mais gosto estou cercada de pessoas maravilhosas e que valorizam meus esforços...
Foi gratificante, não só pelos elogios que recebi, mas pelas faces que passavam gratidão e satisfação.

Obrigado a todos que me ajudaram/ajudam todas as quartas-feiras para que isso seja possível.

7.5.09

Porque o tempo não para....

Avida em Caxias do sul esta se tornando difícil, é uma cidade que me sufoca.... é pequena demais para respirar e muito grande para se estar perdido...
PE-QUE-NI-NHA que saudades de você..... me deu vontade de tomar banho de chuva, sempre cantarolando alguma música de boa qualidade, enquanto olhares curiosos nos julgavam por "falta de postura" em público!

Adri te amo..... e sinto suadades a todo o momento.....